terça-feira, 22 de junho de 2010

SARCOMA

O que é? Sarcomas são tumores malignos de células derivadas de uma estrutura embrionária chamada mesoderme. Os sarcomas desenvolvem-se nos tecidos conectivos de suporte extra-esqueléticos: músculos, tendões, tecidos sinoviais peri-articulares, gordura, endotélio dos vasos sanguíneos e canais linfáticos, e o mesotélio dos órgãos viscerais.

Estes tumores de origem mesenquimatosa podem ocorrer em qualquer sítio anatómico, mas aparecem com mais frequência nas extremidades (60%).

Embora os sarcomas dos tecidos moles sejam heterogéneos, devido à sua origem em diferentes tecidos, partilham certas características comuns patológicas, clínicas e de evolução: (1) alargamento de uma forma centrífuga; (2) presença de uma pseudocápsula mesenquimatosa; (3) disseminação metastática hematogénea, com o pulmão como sítio mais comum; (4) metástases linfáticas pouco frequentes; e (5) extensão directa de um compartimento anatómico para outro.


Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade leâo Sampaio

TUMOR BENIGNO

Fibroadenoma de Mama

Desenho esquemático mostrando um fibroadenoma de mama.


O fibroadenoma é o tumor mais comum da mama e é a massa mais freqüente nas pacientes com menos do que trinta anos. Ele pode se desenvolver em qualquer idade, e freqüentemente ocorre em adolescentes. É um tumor benigno, que costuma voltar após a cirurgia e que, muitas vezes, causa desconforto por parecer-se com um câncer de mama.
No exame da mama, o fibroadenoma é um tumor móvel, bem definido, não-aderido ao tecido que o rodeia, com tamanho médio de 2 a 3 centímetros. Por essas características, ele é muitas vezes palpável, tanto pelo médico como pela paciente. Como o fibroadenoma responde às alterações hormonais da paciente, ele pode aumentar de tamanho e ficar doloroso perto da menstruação. O fibradenoma é mais comum em mulheres negras, e costuma recorrer mais nas pacientes negras do que nas brancas.
O diagnóstico de certeza de fibradenoma é feito pela biópsia do nódulo e pelo exame anátomo-patológico. O nódulo pode ser biopsiado por diversos métodos, como a core biópsia, a mamotomia e a biópsia cirúrgica. A biópsia cirúrgica do fibroadenoma tem como vantagem adicional o tratamento definitivo do nódulo, ou seja, sua remoção.


Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

CHOQUE ANAFILÁTICO

O chamado choque anafilático é uma emergência médica em que há risco de morte, por causa da rápida constrição das vias aérias, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro. Buscar ajuda médica imediata pode salvar preciosos minutos.
Os primeiros socorros adequados ao choque anafilático consistem em obter cuidado médico avançado imediatamente.
A ventilação assistida (uma habilidade que é parte dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar) é frequentemente ineficaz, mas deve ser tentada se a vítima pára de respirar. Pode ser que o paciente tenha tido outro episódio anterior, pelo que deve ser checado se ele está com um recipiente com epinefrina (adrenalina) para ser administrado por um leigo. A administração repetitiva de epinefrina só é perigosa se feita em rápida sucessão.
A frequência cardíaca pode causar taquicardia, e eventualmente assim será indicada, por representar um risco menor ao paciente.


Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

CANCER DE MAMA


Câncer de Mama ou Cancro de Mama é o câncer do tecido da mama. Mundialmente é a forma mais comum de câncer em mulheres - afetando em alguns momentos de suas vidas, aprosimadamente uma em cada nove, a uma em cada treze mulheres que atingem os noventa anos no mundo ocidental. É a segunda causa fatal de mortes em mulheres (depois do câncer de pulmão), e o numero de casos vem crescendo significadamente desde 1970, um fenômeno parcialmente culpado pelo estilo de vida moderno do mundo ocidental. Uma vez que o peito é composto por tecidos idênticos em homens e mulheres, o cancer de mama também ocorrem em homens, embora estes casos sejam menos de 1%, do total de diagnósticos.


Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

segunda-feira, 21 de junho de 2010

DRENAGEM LINFÁTICA

O sistema linfático foi estudado pela primeira vez no ano de 1700 pelos cientistas Barttholin e Rudbeck, cujos trabalhos estabeleceram uma idéia precisa da existência de um sistema de líquidos diferente do sanguíneo, proveniente dos espaços extracelulares e que vertia seu conteúdo (um misto de células e substâncias dissolvidas – 60% de gorduras e toxinas) no sistema venoso. Na linfa encontram-se células especiais, como os linfócitos e os leucócitos que são tipos de glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Os vasos linfáticos ajudam o sistema vascular sanguíneo na remoção de impurezas; distribuem pelo corpo as gorduras recolhidas nos intestinos; contribuem para o funcionamento dos mecanismos de defesa do organismo.
O sistema linfático serve como via secundária de acesso do corpo humano por onde os líquidos do interstício (líquido que está localizado entre os tecidos) são devolvidos ao sangue. As funções do sistema linfático se baseiam no retorno de líquido intersticial (entre os tecidos) e principalmente de proteínas à circulação, além de importantes funções imunológicas e absorção de lipídeos.
As células, químicas e outros componentes do sangue estão suspensos no plasma que circula pelos vasos sanguíneos. Um fluido similar também preenche os espaços que existem entres os tecidos.
Os nutrientes que chegam às células são carregados até estas através deste fluido, além disto, este fluido carrega os resíduos de produtos que saem das células para os capilares.
Uma das funções do sistema linfático é coletar e retornar esta fluido para o sistema circulatório via vasos linfáticos. Quando este fluido está dentro do sistema linfático ele é chamado de linfa.
Além de drenar o excesso de linfa, os capilares do sistema linfático também transportam alguns resíduos assim como células mortas existente entre os tecidos, organismos patogênicos no caso de infecções e células malignas durante o crescimento do câncer.
A linfa é transportada, via capilares linfáticos, para os vaso linfáticos, os quais possuem válvulas que operam em apenas uma direção, similares às válvulas existentes nas veias que existem no sistema circulatório. Finalmente dutos mais largos transportam a linfa para as veias subclaviculares esquerda e direita.
A linfa é colocada em movimento pelo mesmos movimentos de massagem que fazem o sangue circular no sistema venoso. A grande diferença é que o sistema por onde o sangue circula possui uma "bomba", o coração, que bombeia o sangue fazendo com que este circule. Já no sistema linfático não existe esta "bomba" para que a linfa possa circular como o sangue, portanto para que a linfa se movimente dentro do sistema linfático ela deve ser estimulada por movimentos dos tecidos e dos órgãos do corpo. Daí a massagem de drenagem linfática ser de grande valia para o organismo pois através de movimentos coordenados e precisos, a linfa é colocada em movimento trazendo vários benefícios que veremos mais adiante.
Existem também alguns órgão linfáticos tais como as amídalas, a glândula de nome timo localizada na região retroesternal e o baço (que entre outras coisas produz linfócitos, filtra o sangue e armazena células sanguíneas). Estes órgãos produzem leucócitos que ajudam o organismo a combater as infecções.
Como se vê o bom funcionamento do sistema linfático é importantíssimo para a saúde das pessoas e uma das forma de estimulá-lo é através da massagem de drenagem linfática.
É importante saber que, se o líquido intersticial não fosse reabsorvido dos espaços intercelulares, os tecidos no organismo iriam inchar progressivamente, formando um edema.

O QUE É DRENAGEM LINFÁTICA?
O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder que trabalhava junto com sua esposa na Riviera Francesa.
Vodder observou que a maioria de seus pacientes sofria de constipação, retenção de líquidos e apresentavam os gânglios linfáticos alterados. Ele passou a tratar estes pacientes intuitivamente com massagens que estimulavam estes gânglios atingindo grandes êxitos com diversos pacientes.
Seu método foi desenvolvido e se tornou muito eficaz. Hoje em dia, a drenagem linfática manual é usada na estimulação da circulação linfática que ajuda o corpo a eliminar toxinas e na nutrição dos tecidos. A estagnação dos gânglios linfáticos pode causar dor. Embora todos os tipos de massagem estimulem a corrente linfática, a técnica de Vodder é focada na drenagem do excesso linfático.


Acadêmica:Danise Petrônio
FISIOTERPIA

TUMOR MALIGNO

A metastização ocorre no caso do tumor maligno quando as células cancerosas não se limitam a desenvolverem-se num único órgão do corpo humano, mas alastram para outros órgãos . A metastização num tumor maligno ocorre através da corrente sanguínea, sendo as metástases mais comuns em determinados órgãos do corpo humano, a nível pulmonar, cerebral e hepático, ou através da corrente linfática, metastizando os gânglios linfáticos.

O que difere um tumor benigno de um tumor maligno, é que no tumor benigno as alterações celulares restringem-se a um tecido, com um determinado limite, enquanto que num tumor maligno, as alterações celulares apoderam-se de outros tecidos. Imagine se o crescimento celular que ocorre numa sutura, se alastrasse além das bordas da sutura, invadindo outros tecidos – é como funciona um tumor maligno, apesar de ser quase impossível ocorrer este tipo de alterações celulares numa sutura.




CHOQUE SÉPTICO


Choque Séptico é o termo médico usado para designar a falência circulatória aguda de causa infecciosa.
Caractareizada de hipotensão arterial grave e refratária provocada atrávés de germes como bactérias, fungos e vírus, levando a septicemia e comnprometimento do sistema circulatório através da dilatação venocapilar.


Causas mais comuns:
Contaminação de cateteres, sondas vesicais e pneumonias.


Há uma importante relação entre sepse e infecção hospitalar, germe multirresistente e quadros de deficiência imune.


Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

EDEMA PULMONAR


O QUE É?

É o acúmulo anormal de líquidos nos tecidos dos pulmões. Está entre as mais frequentes emergências médicas e significa, muitas vezes, uma situação ameaçadora da vida quando ocorre abruptamente. Poderá ou não ter origem em uma doença do coração.

Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

NEOPLASIAS

  
        No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro"
Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio

sexta-feira, 18 de junho de 2010

HIPEREMIA

A hiperemia é um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais.

Hiperemia ativa

Aumento da vermelhidão (eritema) na área afetada. A dilatação arteriolar e arterial dá-se por mecanismos neurogênicos simpáticos e liberação de substâncias vasoativas.
É provocada por dilatação arteriolar com aumento do fluxo sangüíneo local. A vasodilatação é de origem simpática ou humoral e leva à abertura de capilares "inativos", o que resulta na coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e no aumento da temperatura. Ao microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias.
A hiperemia ativa pode ser:

Fisiológica e Patologico


Quando acompanha inúmeros processos patológicos, principalmente as inflamações agudas, agressões térmicas e traumatismo.

Hiperemia passiva

Hiperemia passiva ou congestão possui uma coloração azul-avermelhada intensificada nas áreas afetadas, de acordo com o acúmulo de sangue venoso. Esta coloração aumenta quando há um aumento da concentração de hemoglobina não-oxigenada no sangue.
Decorre da redução da drenagem venosa, que provoca distensão das veias distais, vênulas e capilares; por isso mesmo, a região comprometida adquire coloração vermelho-escura devido à alta concentração de hemoglobina desoxigenada. Pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca).
Congestão pode ser causada por obstrução extrínseca ou intrínseca de uma veia (compressão do vaso, trombose, torsão de pedículo vascular etc.) ou por redução do retorno venoso, como acontece na insuficiência cardíaca. Na insuficiência cardíaca esquerda ou casos de estenose ou insuficiência mitral, surge congestão pulmonar; na insuficiência cardíaca direita, há congestão sistêmica. Na congestão aguda, os vasos estão distendidos e o órgão é mais pesado; na crônica, o órgão pode sofrer hipotrofia e apresentar micro-hemorragias antigas. As hiperremias passivas mais importantes são as dos pulmões, do fígado e do baço.Congestão pulmonar
Os capilares alveolares encontram-se dilatados e os septos tornam-se alargados pelo edema interticial; em longo prazo, os septos sofrem fibrose e ficam espessados. Por causa de microruptures de capilares, há passagem de hemácias para os alvéolos, e sua fagocitose pelos macrófagos alveolares, os quais passam a constituir as chamadas "células da insuficiência cardíaca".

 Congestão hepática

Aguda ou crônica, é provavelmente na maioria das vezes por insuficiência cardíaca congestiva e, menos comumente, por obstrução das veias hepáticas ou da veia cava inferior. Na congestão aguda, o fígado encontra discretamente aumentado de peso e volume e tem cor azul-vinhosa; ao corte, flui sangue das veias centroglobulares dilatadas. Na congestão crônica, o órgão tem cor vermelho-azulada, as regiões centrolobulares são deprimidas e ficam circundadas por parênquima hepático às vezes amarelado, conferindo o aspecto de noz-moscada. Ao microscópio, os sinusóides são alargados e os hepatóciotos centrolobulares estão hipotróficos pela hipóxia. Em fase avançada, pode haver necrose e hemorragia centrolobulares e fibroses das veias centrolobulares e dos sinusóides (fibrose cardíaca).
Congestão do baço
Aguda é causada sobretudo por insuficiência cardíaca; o órgão encontra-se pouco aumentado de volume, cianótico e repleto de sangue. Congestão crônica é encotrada principalmente nas casos de hipertensão porta (cirrose hepática, esquistossomose, ect.) O baço é aumentado de volume (às vezes de forma acentuada, podendo pesar até 700g, ou seja cerca de cinco vezes o seu peso normal), endurecido por fibrose e com focos de hemorragia recente ou antiga. A esplenomegalia congestiva pode ser caracterizada por anemia, leucopenia, e plaquetopenia, isoladas ou associadas (pancitopenia). A retirada cirúrgica do baço corrige o hiperesplenismo.

Andrezza Duarte 
FISIOTERAPIA-3

TROMBOSE

A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença grave, caracterizada pela formação aguda de um trombo (coágulo) no interior das veias profundas da perna.Quando não diagnosticada a tempo e tratada adequadamente pode evoluir e causar sérias complicações, que podem incapacitar o indivíduo para determinadas atividades e até levar ao óbito.



Os sintomas mais comuns da Trombose Venosa Profunda (TVP) ocorrem geralmente em uma das pernas, mais comumente nas panturrilhas (batatas das pernas), caracterizando-se freqüentemente pelo início recente dos seguintes sinais clínicos: dor, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) na área afetada (perna ou coxa). Outros sinais são o calor e o empastamento no membro acometido (rigidez da musculatura da panturrilha). Diante de tais manifestações o indivíduo deve ser encaminhado a um serviço médico de emergência, sobretudo pelo risco do quadro evoluir para uma embolia pulmonar.

A embolia pulmonar é o desprendimento do coágulo da veia comprometida, que sob a forma de êmbolo provocará a obstrução de vasos arteriais dos pulmões. É uma complicação da maior gravidade e a sua suspeita deve ser levada em consideração diante da falta de ar de início súbito, dor torácica, e, nos casos mais graves, arritmia, diminuição da pressão arterial e, com certa freqüência, morte súbita. Mesmo na ausência desses sintomas respiratórios não se pode descartar essa complicação.

É importante pensar na possibilidade de TVP em todo indivíduo com queixas num membro inferior e que apresente um ou mais dos "fatores de risco" adiante mencionados.
Sua suspeita deve levar a realização de exames complementares de urgência: Ecodoppler Colorido, Flebografia, Ressonância Nuclear Magnética...para confirmar o diagnóstico de TVP e possibilitar o início do tratamento precocemente e com isso impedir as graves complicações.

Inimiga silenciosa

A TVP com freqüência não dá sinais de alerta e por isso pode passar despercebida. É comum só ser descoberta frente a uma grave complicação da doença.
Por esse motivo anualmente a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) tem lançado uma campanha nacional de esclarecimento da TVP. O objetivo é levar informação clara e objetiva à população de modo a conscientizá-la da gravidade da doença e da necessidade da adoção de medidas preventivas.

Segundo os dirigentes dessa Sociedade de Angiologia uma das armas para se prevenir a doença é a divulgação de informações à população. Devido às variáveis que envolvem o diagnóstico da TVP, a participação do paciente questionando e buscando orientação médica é fundamental para um perfeito entendimento do problema. Essa troca de informações possibilita ao especialista adotar medidas de prevenção da doença e fará com que um "paciente de risco tromboembólico" se sinta mais seguro frente à conduta médica que terá que seguir. Para caracterizar um "paciente de risco tromboembólico", deve ser levado em conta um somatório de fatores, razão pela qual somente um médico especialista poderá fazer esta avaliação mediante uma história clínica cuidadosa e solicitação de exames de laboratório.


Medidas de Prevenção da TVP

O "paciente de risco tromboembólico" pode necessitar de prescrição médica a base de medicamento anticoagulante que deverá ser controlada periodicamente mediante a solicitação de exames laboratoriais. Estes pacientes devem evitar a auto medicação e comunicar ao médico o uso de medicamentos prescritos em caso de necessidade de um procedimento cirúrgico que vier a ser submetido. 

A atenção dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento do "paciente de risco tromboembólico" deve voltar-se para os diversos fatores de riscos mencionados, levando em consideração os períodos antes, durante e após a internação hospitalar.
Os cuidados vão desde o manuseio do paciente acamado, passam por motivá-lo a se movimentar e andar o quanto antes após uma cirurgia.

Medidas Gerais de Prevenção 

Fazer exercícios regularmente é um importante meio de manter o equilíbrio entre a energia consumida e a despendida e por esse mecanismo ajuda a controlar um dos "fatores de risco" da TVP que é a obesidade. Além disso a atividade física diária promove a saúde mental, contribui de maneira significativa para controlar o "stress", elevar a auto estima, reduzir a ansiedade, a depressão e a insônia. O criador do Método Cooper, o médico Dr. Kenneth Cooper afirma: "Se as pessoas não conseguem encontrar tempo para fazer alguma atividade física, que achem tempo para tratar suas doenças".

Alguns ajustes no estilo de vida, como a suspensão do fumo, a limitação do consumo de bebidas alcoólicas e uma alimentação balanceada são condutas essenciais para diminuir o risco de doenças em geral. Tanto a prevenção quanto a avaliação do "risco tromboembólico" são medidas simples, porém vitais, daí a importância de médicos e pacientes estarem juntos no combate à TVP.


Tratamento 

O tratamento da TVP visa prevenir a ocorrência de embolia pulmonar, evitar a recorrência, minimizar o risco de complicações e seqüelas crônicas. Dependendo da intensidade do risco a que o paciente está submetido utilizam-se medicamentos anticoagulantes (que diminuem a possibilidade do sangue coagular) em doses prescritas e recomendadas por médico especialista. 


Andrezza Duarte
Fisioterapia-3º

embolia

É denominada embolia ou embolismo a obstrução de um vaso (seja ele venoso, arterial ou linfático) pelo deslocamento de um êmbolo até o local da obstrução, que pode ser um trombo (denominando-se então tromboembolia), tecido adiposo (embolia gordurosa), ar (embolia gasosa) ou um corpo estranho (como embolias iatrogênicas por pontas de cateter). A obstrução do vaso pode levar a complicações mais evidentes a jusante, no caso de embolias em artérias ou a montante, no caso de acometimento de veias ou vasos linfáticos.
A causa mais comum e evitável de morte em pacientes hospitalizados é o tromboembolismo pulmonar. A maioria dos casos é provocada por êmbolos que surgem de trombose de veias profundas das pernas e o diagnóstico é difícil porque dão sintomas incaracterísticos e a maioria dos casos é de resolução espontânea. As consequências clínicas do embolismo pulmonar dependem da extensão do bloqueio vascular pulmonar e do tempo de evolução.
A embolia aérea geralmente resulta de entrada de ar acidental no sistema venoso durante uma injeção endovenosa ou transfusão. Bolhas de gás(nitrogênio) podem se formar também na corrente sanguínea durante o mergulho a grandes profundidades.
Embolia por líquido amniótico ocorre em 1:70.000 nascimentos. Este penetra nas veias durante partos complicados provocando coagulação intravascular disseminada.

Acxadêmica:Andrezza Duarte
3ºsemestre-Fisioterapia

O ATAQUE DO CORAÇÃO

O que é?
O infarto do miocárdio se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.
Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

O que é?
O infarto do miocárdio se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.
Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

ANDREZZA DUARTE DE ANDRADE
FISIOTERAPIA

edema

O edema é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Ele é constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. Quando o líquido se acumula em todo o corpo, caracteriza-se o edema generalizado. Quando ocorre em locais determinados o edema é localizado, como por exemplo o edema nas pernas de pessoas com varizes.
Tipos de edema
Existem três tipos de edema: o edema comum, o linfedema e o mixedema.
Edema Comum
É composto de água e sal, quase sempre é generalizado.
O linfedema
É o edema cuja formação deve-se ao acúmulo de linfa. Ele ocorre nos casos em que os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio. O esvaziamento ganglionar facilita o surgimento do edema no braço. Outro exemplo de linfedema é a elefantíase, que se acompanha de grande deformação dos membros inferiores.
O mixedema
É outro tipo de edema de características especiais por ser duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo.
Como se apresenta?
O edema se apresenta sob duas formas: localizado e generalizado.
O linfedema e o mixedema são localizados. O edema comum pode se apresentar sob as duas formas. Quando generalizado, espalha-se por todo o corpo, principalmente membros, face e mãos. O edema generalizado pode ocorrer dentro do abdômen (ascite) e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural).
Qualquer tipo de edema, em qualquer localização, diminui a velocidade de circulação do sangue e, por esse meio mecânico (pressão), prejudica a nutrição e a eficiência dos tecidos.
Aspectos clínicos
Clinicamente, o edema pode ser um sinal de doença cardíaca, hepática, renal, desnutrição grave, hipotireoidismo, obstrução venosa e linfática.
Na formação do edema, essas doenças desencadeiam várias alterações que têm como conseqüência o edema. Cada uma dessas doenças tem suas características e as pessoas apresentam queixas especiais.
Na insuficiência cardíaca, além da falta de ar, o edema começa pelos membros inferiores e pode se expandir para dentro do pulmão (edema pulmonar) e do abdome (ascite). Na doença cardíaca ele é causado pela falta de força do coração para fazer o sangue circular.
Na doença hepática e na desnutrição, a causa é a falta da albumina do plasma. A albumina mantém os líquidos circulando. Quando a albumina está diminuída, abaixo de 2,5g% no sangue, não consegue mais manter a água dentro dos vasos e esta se difunde pelos tecidos.
Na doença renal, o edema é devido a retenção de água e sal que não são eliminados convenientemente.
Na obstrução venosa e linfática, o sangue e a linfa têm dificuldades de circular e se acumulam nos tecidos.
No hipotireoidismo, além da retenção de água e sal, há uma proteína associada que infiltra os tecidos (mixedema).
Um edema muito especial
Existe um edema comum muito encontrado e muito especial. É o edema idiopático, ainda de origem desconhecida, apesar de ser muito estudado. Ele ocorre em mulheres jovens de 20 a 50 anos. Geralmente, essas mulheres fazem uso e abuso de diuréticos ou catárticos para constipação intestinal. Quase sempre estão fazendo dieta para emagrecer, usando pouco sal e diuréticos. É um edema que surge nos membros e face rapidamente e sem causa aparente, podendo atingir todo o corpo. Hoje, pensa-se que a causa desse edema de origem desconhecida seja devido a um ou vários fatores:
 
secreção de hormônios mineralocorticóides que retêm água e sal
diminuição da albumina do plasma por dieta inadequada
fatores circulatórios locais, com capilares alterados
permanência, por longos períodos, na posição de pé (ortostatismo)
malfuncionamento do retorno venoso e linfático
alterações psicológicas que influiriam na atividade hormonal da mulher.
Há algumas drogas que podem causar edema: antidepressivos, antihipertensivos (beta-bloqueadores, clonidina, amlodipina, outros), hormônios (corticóides, estrógenos, progesterona, testosterona), antiinflamatórios não esteróides e uso crônico de diuréticos (vício) e catárticos.
Tratamento
Cada uma dessas causas de edema requer tratamento específico, portanto não há um só tipo de tratamento.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Como se forma o edema?
O que devo fazer para cortar o edema?
Somente o rim causa edemas?
Perda de proteínas na urina pode causar edema?
Os diuréticos são o único tratamento para os inchumes? 

ANDREZZA DUARTE DE ANDRADE
FISIOTERAPIA

neoplasia

NEOPLASIA
CONCEITO
        No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).
CLASSIFICAÇÃO
      Várias classificações foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese.
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO
       De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados em três tipos: benignos, limítrofes ou "bordeline", e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos:
CÁPSULA
        Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno.
CRESCIMENTO
        Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais.
MORFOLOGIA
        O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao microscópio, vêem-se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.
MITOSE
       O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado for o tumor, menor será o número de mitoses observadas e menor a agressividade do mesmo. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.
ANTIGENICIDADE
       As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico e o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.
METÁSTASE
        As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário.

ANDREZZA DUARTE DE ANDRADE
FISIOTERAPIA

quinta-feira, 13 de maio de 2010

BIOFILMES - SUPERBACTÉRIAS

SUPERBACTÉRIAS – As infecções hospitalares podem ser provocadas por um crescimento explosivo de espécies oportunistas presentes na flora bacteriana dos pacientes. A debilidade dos mecanismos de defesa desses indivíduos devido à idade, doenças ou métodos de tratamento cria condições favoráveis para o processo. O uso de procedimentos invasivos (soros, cateteres e cirurgias) ou o contato com bactérias presentes no hospital, em outros pacientes ou membros da equipe médica podem também causar um processo infeccioso.
Após a descoberta e isolamento de diversos antibióticos, os índices de contaminação nosocomial diminuíram de forma significativa. Porém, algumas décadas após o descobrimento desses fármacos, surgiram variantes de bactérias resistentes a vários antibióticos, agravando o problema.

Imagem: CDC/Janice Carr/Jeff Hageman
A foto mostra superbactérias Staphylococcus aureus , uma das principais espécies responsáveis por casos de infecção hospitalar
Esse processo de resistência ocorre naturalmente e está relacionado com a ação da seleção natural de mutações casuais que confiram a membros da população de uma determinada bactéria a capacidade de sobreviverem e se reproduzirem mesmo quando expostos a antibióticos. O uso indiscriminado e inapropriado desses fármacos favorece o surgimento dessas bactérias resistentes a vários antibióticos, conhecidas popularmente como superbactérias. O diagnóstico incorreto, a prescrição errônea e o uso de doses inadequadas de medicamentos, a interrupção prematura do tratamento das infecções, o emprego de antibióticos humanos em alimentos consumidos e a automedicação são fatores que também contribuem para o surgimento da resistência a antibióticos.
Uma vez que a clientela dos hospitais é formada por portadores de patologias diversas e por indivíduos que apresentam um quadro de imunodepressão, esses locais convertem-se em um ambiente propício para a proliferação de infecções bacterianas e para o surgimento das temidas superbactérias.
BIOFILMES – Duas outras características desses patógenos tornam esse quadro ainda mais complexo: a capacidade de transferir genes de resistência a antibióticos para outros indivíduos da mesma cepa bacteriana ou para espécies diferentes e a habilidade para desenvolver biofilmes.
A transferência de material genético é um processo comum entre bactérias e ocorre por meio da troca de pequenas porções circulares de DNA conhecidas como plasmídeos. Com esse mecanismo, uma mesma bactéria pode adquirir resistência simultânea contra diversos antibióticos diferentes.
Por outro lado, várias bactérias oportunistas associadas com a infecção hospitalar, como Pseudomonas aeruginosa , Staphylococcus aureus , Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli, são capazes de formar um microambiente protetor denominado biofilme – uma microcolônia de espécies de microrganismos mutualistas que vivem imersos em matriz hidratada produzida por essas espécies ou pelo próprio hospedeiro. Representantes de outros grupos de microrganismos como algas, fungos e protozoários também podem ser encontrados nos biofilmes.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

BIOFILMES

Os biofilmes são comunidades biológicas com um elevado grau de organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas, coordenadas e funcionais. Estas comunidades biológicas encontram-se embebidas em matrizes poliméricas produzidas por elas próprias. Os biofilmes podem desenvolver-se em qualquer superfície húmida, seja ela biótica ou abiótica. A associação dos organismos em biofilmes constitui uma forma de protecção ao seu desenvolvimento, favorecendo relações simbióticas e permitindo a sobrevivência em ambientes hostis. As bactérias são ubiquitárias, logo, virtualmente, os biofilmes podem formar-se em qualquer superfície e em qualquer ambiente. Podem observar-se biofilmes em condutas de água, permutadores de calor, sanitas, cascos de navio, na pele e mucosas de animais (incluindo o homem), nos dentes, em próteses e em variadíssimas indústrias, desde a indústria química e farmacêutica à alimentar acessado a 1 de março de 2010.



JOELSON A. DOS SANTOS
ACDÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CHOQUE ANAFILÁTICO


Choque anafilático

O choque anafilático é uma reação alérgica aguda que acontece quando um indivíduo entra em contato uma segunda vez com algum agente que promova uma reação alérgica exagerada, a anafilaxia. Os agentes mais comuns promotores do choque anafilático são medicamentos, venenos de insetos, determinados alimentos e injeções de imunoterapia alergênica.
A anafilaxia ou choque anafilático é fatal a menos que o indivíduo receba o tratamento de emergência  imediatamente produzindo convulsões, perda do controle vesical, inconsciência ou acidente vascular cerebral em 1 a 2 minutos. O tratamento inicial para a anafilaxia é uma injeção de adrenalina que pode estar sempre com a pessoa que conhece a gravidade da sua alergia.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACAD~EMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

segunda-feira, 10 de maio de 2010

HEMORRAGIAS

Hemorragia ou sangramento é a perda de sangue do sistema circulatório. A resposta inicial do sistema cárdio-circulatório à perda aguda de sangue é um mecanismo compensatório, isto é, ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral, para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e cérebro, órgãos mais importantes para a manutenção da vida. Ocorre também um aumento da freqüência cardíaca para tentar manter o débito cardíaco. Assim, a taquicardia é muitas vezes o primeiro sinal de choque hipovolêmico. Como as catecolaminas provocam um aumento da resistência vascular periférica, a pressão diastólica tende a aumentar, ficando mais próxima da pressão sistólica. A liberação de outros hormônios nesta fase faz com que a pessoa fique extremamente pálida, com o coração disparado (taquicardia), e com o pulso fino e difícil de palpar (a pressão de pulso é dada pela diferença entre a pressão sistólica e diastólica). Apesar de todo este mecanismo compensatório, existe um limite além do qual o organismo entra em falência. Pessoas vítimas de traumas com perdas sanguíneas importantes e que demoram para receber socorro médico podem ter isquémia temporária dos tecidos, com a liberação de substâncias típicas do metabolismo anaeróbio (sem utilização de oxigênio). Permanecendo mais tempo ocorre a falta de energia para manter a membrana celular normal e o gradiente elétrico. A célula, não suportando mais a isquémia, inicia a rotura de lisossomos e a auto digestão celular. O sódio e a água entram na célula, com edema celular. Também pode ocorrer depósito intracelular de cálcio. Não sendo revertido o processo ocorre finalmente a morte.
Recebendo assistência médica, o volume sanguíneo é inicialmente reposto através de soluções salinas através de um tipo de agulha calibrosa diretamente na veia. Dependendo da fase de isquémia em que a célula se encontra, ao ser refeito o volume sanguíneo por diluição pode acontecer de retornarem para a circulação geral aquelas substâncias tóxicas liberadas pela célula em sofrimento. Isto é conhecido como a "Sindrome da Reperfusão", com um intenso edema generalizado.
O choque hipovolêmico deve ser tratado com volume, isto é, com soro fisiológico e solução de Ringer. Casos mais graves podem requerer soluções gelatinosas, mas existe um volume máximo desta solução que se ultrapassado intoxica e mata o paciente. Este volume é em torno de 1000 ml para um adulto normal. Todas as tentativas para parar a perda sanguínea devem ser feitas, incluindo cirurgias visando a hemostasia. Este é o motivo do cirugião comandar o atendimento ao paciente politraumatizado. Alcançado este ponto, somente a transfusão sanguínea pode manter a vida do doente.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

CHOQUE

Choque por compressão do coração

A compressão do coração por outros órgãos ou corpos leva a que esse órgão não se encha de tanto sangue quanto normalmente. Bombeando menos sangue para o mesmo espaço, há queda da pressão arterial e dilatação da veias que não conseguem escoar o seu conteúdo.
É causado por situações traumáticas como:
  1. O pneumotórax de tensão ocorre quando há um vazamento de ar do pulmão para a pleura, através de um mecanismo valvular que não permite que o ar retorne para o pulmão. O ar sai do pulmão e fica preso dentro de tórax, causando uma compressão progressiva do pulmão, do coração e dos grandes vasos da base (aorta e veia cava). Necessita de drenagem torácica urgente para evitar a morte do paciente.
  2. O tamponamento cardíaco é a hemorragia para o espaço entre o pericárdio fibroso e o coração. O pericárdio é inflexível e a acumulação de líquido comprime o coração.
  3. Ruptura do diafragma com herniação das vísceras intestinais para o tórax.
Os sintomas são semelhantes aos do choque hipovolémico mas as veias do pescoço estão inchadas.
É uma emergência e é necessário resolver o problema no órgão que comprime o coração.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

CHOQUE SÉPTICO

Choque séptico

O choque séptico é devido a uma situação de septicémia, ou seja infecção com bactérias que se multiplicam no sangue. É muitas vezes o estágio final potencialmente fatal da infecção bacteriana de outro órgão.
As bactérias que produzem este sindrome mais facilmente, são as Gram-negativas. Estas possuem na sua membrana externa a molécula lipopolissacarídeo, que funciona como endotoxina. O sistema imunitáriocitocinas que são eficazes em infecções locais. São estas citocinas que produzem a vasodilatação e edema na inflamação local, por exemplo. Contudo num estágio de septicémia a libertação excessiva desses mediadores leva a vasodilatação sistémica e queda da tensão arterial para níveis de irrigação insuficiente dos tecidos, ou seja, choque. Mais tarde a formação de trombos e destruição dos microvasos pela estimulação imunitária leva a que estes fiquem permeáveis com perdas de grandes quantidades de plasma para os tecidos e líquido intersticial (edema generalizado). A perda de volémia é semelhante nesta fase á que ocorre no choque hipovolémico. reconhece-a e produz
Em sua fase inicial (fase quente) cursa com a pele quente e febril, moderada taquicardia, pressão normal e pulso amplo. Com a progressão da resposta inflamatória apresenta um choque profundo como o hipovolémico (fase fria).
O tratamento é feito com antibióticos em altas doses para destruir as bactérias; administração de fluidos (soluto de Ringer) e em último caso vasoconstritores.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

CHOQUE CIRCULATORIO

Progressão e sintomas gerais

A fase inicial do choque pode ser bastante pobre em sinais e sintomas, podendo apresentar tão somente uma taquicardia leve e ansiedade, que pode acontecer em várias outras situações. A ausência de sintomas ou danos nesta fase é devida aos mecanismos compensadores da pressão sanguínea, como a vasoconstriçãohormonas (como a adrenalina e a ADH), reflexo neuronal ou pela activação do sistema nervoso simpático. pela acção de variadas
Em seguida, o paciente pode apresentar palidez cutâneo-mucosa (pele pálida, embranquecida, lábios e olhos sem sinais de sangue). O médico não precisa esperar que a pressão arterial caia para diagnosticar e começar o tratamento do choqu
Um choque circulatório profundo é evidenciado por um colapso hemodinâmico, isto é, a pressão arterial cai, a freqüência cardíaca sobe a 180 batimentos cardíacos por minuto (o normal é de 60 a 85), a pele fica fria e pegajosa, os rins não funcionam, o pulso não é palpável, o indivíduo fica inconsciente e não responde aos chamados. Este é um choque profundo e facilmente reconhecível pois contém sinais óbvios de que o indivíduo está na iminência da morte. O perigo de morte é devido aos danos nos tecidos devido à isquémia. Mesmo em casos de choque profundo em que o indivíduo recupera, por vezes permanecem disfunções ou danos irreversíveis em alguns órgãos. Os mais afectados são os rins, o cérebro, o próprio coração e o sistema gastrointestinal incluindo o fígado.


JOELSON A. DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
fACULDADE LEÃO SAMPAIO
JUAZEIRO DO NORTE - CE

quinta-feira, 6 de maio de 2010

REPARAÇÃO TECIDUAL


A reparação pode acontecer sob dois tipos, dependendo do estado de destruição do tecido e dos graus de transformação sofridos por este durante a flogose. São eles:
1. Regeneração: reposição de tecido idêntico ao perdido.
 2. Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido conjuntivo fibroso.
A contração (ou morfalaxia) dos tecidos, um fenômeno muito comum em animais inferiores, também constitui uma forma de reparação. As células se adaptam mecanicamente à nova situação do tecido após a agressão. No homem, a contração é vista somente em nível microscópico
Qualquer que seja a forma de cura das inflamações, é importante que se tenha conhecimento de como se processa cada tipo de reparação, com o intuito de estimular e/ou corrigir esses processos.

Na figura a direita se visualiza a Sialadenide Crônica em parótida. Com essa grande destruição tecidual ocorrida durante o processo inflamatório, o parânquima da glândula foi substituido por tecido conjuntivo fibroso (fibrose) havendo assim uma cicatrização. 








Joelson A. dos Santos
Acadêmico de Fisioterapia
Faculdade Leão Sampaio
Juazeiro do Norte - Ce


 


Como o conceito enfatiza, o processo de reparação só consegue se estabilizar e atingir o seu mais alto grau quando da eliminação do agente inflamatório. O tecido inflamado e que foi destruído vem sendo resposto durante toda a inflamação, traduzido pela fase produtivo-reparativa. Diz-se que há reparação completa quando houver restituição da morfostase e homeostase tecidual, iniciado já na fase irritativa da inflamação.  Joelson A. dos Santos Acadêmico de Fisioterapia Faculdade Leão Sampaio                                   

JOELSON ALVES DOS SANTOS
ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO
         





sábado, 24 de abril de 2010

Endometriose Dor e Infertilidade

QUE É ?

Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação.

ONDE SE LOCALIZA ?

Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas ( atrás do útero ), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis.


Endometriose Sintomas

Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade.

Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor, 60% tem dor e infertilidade e 20% apenas infertilidade.

Dor 20% Dor + Infertilidade 60% Infertilidade 20%

A dor da endometriose pode ser cólica menstrual intensa, dor abdominal à relação sexual, dor no intestino na época das menstruações ou uma mistura destes sintomas





Causas da Endometriose



Causas?

Há diversas teorias sobre as causas da endometriose. A principal delas é que, durante a Menstruação, células do endométrio, camada interna do útero, sejam enviadas pelas trompas para dentro do abdômen. Há evidências que sugerem ser uma doença genética. Outras sugerem ser uma doença do sistema de defesa. Na realidade sabe-se que as células do endométrio podem ser encontradas no líquido peritoneal em volta do útero em grande parte das mulheres. No entanto apenas algumas mulheres desenvolvem a doença. Estima-se que 6 a 7 % das mulheres tenham endometriose.



Diagnóstico da Endometriose

O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito através da história clínica, ultra-som endovaginal especializado, exame ginecológico, e marcadores, exames de laboratório. Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda

Pesquisas do Laboratório Fleury em São Paulo e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostram que o ultra-som endovaginal é o primeiro método para diagnosticar a endometriose.(1)

No entanto este ultra-som não é um ultra-som endovaginal normal. Trata-se de um exame especializado que apenas poucos locais estão realizando. O ultra-som endovaginal normal não é a mesma coisa e não substitui este exame.

Esta pesquisa mostra ainda que após o ultra-som endovaginal pode se realizar a Ressonância Magnética da Pélvis para o diagnóstico da endometriose profunda.

Outros serviços, no Brasil, consideram que a ressonância nuclear magnética e também a eco-colonoscopia são úteis para o diagnóstico da endometriose.

Todos os especialistas concordam que o exame ginecológico é a melhor maneira de diagnóstico de suspeita da endometriose e que os exames de imagem devem ser feitos de acordo com o que existe de melhor no local.

A certeza, porém, só pode ser dada através do exame anatomopatológico da lesão, ou biópsia. Esta pode ser feita através de cirurgia, laparotomia, ou, preferível, laparoscopia. Laparoscopia é um procedimento de exame e manipulação da cavidade abdominal através de instrumentos de ótica e/ou vídeo bem como de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome. É um procedimento cirúrgico realizado geralmente com anestesia geral.

No entanto, hoje, com evidências clínicas suficientes, os médicos podem instalar tratamentos mesmo sem a laparoscopia.

Tratamento da Endometriose

O tratamento da endometriose, hoje, depende de uma abordagem sincera entre a paciente e o médico. Após a avaliação cuidadosa de cada caso o médico e a paciente vão resolver juntos o caminho a ser seguido.

Especial atenção deve ser dada à paciente que pretende engravidar. Talvez seja necessário seu encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana mesmo antes do tratamento da endometriose.

Outra principal atenção é a endometriose profunda. Sabe-se que cirurgias muito bem planejadas reduzem significativamente a dor nestes casos mas estas cirurgias só são feitas em centros especializados.

Atualmente não há cura para a endometriose. No entanto a dor e os sintomas dessa doença podem ser diminuídos.

As principais metas do tratamento são:

  • Aliviar ou reduzir a dor.

  • Diminuir o tamanho dos implantes.

  • Reverter ou limitar a progressão da doença.

  • Preservar ou restaurar a fertilidade.

  • Evitar ou adiar a recorrência da doença.

O tratamento cirúrgico pode ser feito com laparotomia ou laparoscopia. Os implantes de endometriose são destruídos por coagulação à laser, vaporização de alta freqüência, ou bisturi elétrico. A decisão cirúrgica é importante. A maior parte dos sucessos terapêuticos ocorrem após uma primeira cirurgia bem planejada. Cirurgias repetidas são desaconselhadas pois aumentam a chance de aderências peritoneais tão prejudiciais como a própria doença.

O tratamento clínico de formas brandas em mulheres que não pretendem engravidar pode ser feito com anticoncepcionais orais ou injetáveis. Há um certo consenso entre os estudiosos que o pior a fazer é não fazer nada já que a doença pode ser evolutiva. Leia também: Benefícios e usos terapêuticos da pílula anticoncepcional

Em mulheres que pretendem engravidar o tratamento pode ser feito com cirurgia e tratamento hormonal ou tratamento hormonal e depois cirurgia. No entanto, trabalhos atuais, mostram que em mulheres com endometriose e que não conseguem engravidar a melhor alternativa é a Fertilização in vitro e que a presença de endometriose não afeta as taxas de gravidez quando este método é escolhido. (2)

Varias drogas tem sido usadas mas poucas com resultados definitivos.

Trabalhos recentes da UNICAMP mostram uma melhora dos sintomas com o Dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel (3)

O mais importante no tratamento da endometriose é o planejamento das ações terapêuticas em comum acordo com o planejamento da gravidez pelo casal.

Em abril de 2005 foi editado o ESHRE guideline for the diagnosis and treatment of endometriosis pela European Society of Human Reproduction and Embryology. O resumo deste artigo pode ser obtido em ESHRE guideline for the diagnosis and treatment of endometriosis

Em casos muito severos a gravidez só será possível através de técnicas de fertilização assistida e inseminação artificial.





Danise Petrônio Feijó
Academica de Fisioterapia
3º semestre
Faculdade Leão Sampaio

O QUE É HEPATITE?

O FÍGADO E SUAS FUNÇÕES.


O fígado é o maior órgão do corpo humano, está localizado no lado superior direito do abdomen , protegido pelas costelas (gradio costal) . É responsável por aproximadamente 5000 (cinco mil) funções vitais , produz a grande maioria de substâncias essenciais para o resto do corpo e remove as substâncias prejudiciais ao organismo. É como um grande laboratório. O fígado produz a bile que é levada ao intestino delgado para se juntar ao processo de digestão. Também produz hormônios, proteínas e enzimas que mantêm o corpo funcionando normalmente. Tem participação na produção de substâncias que ajudam o sangue a coagular. Tem papel importante na decomposição do colesterol, manutenção do açúcar no sangue , e também decomposição de medicamentos.

Quando o fígado está doente pode-se Ter inúmeras conseqüências sérias. A doença viral é a mais comum que acomete o fígado. Quando um vírus danifica uma célula hepática (hepatócito) esta não mais funciona. Com a diminuição da população de células hígidas muitas funções do corpo podem ser afetadas.

O QUE É HEPATITE?

Hepatite significa inflamação do fígado. Existem várias razões para o fígado estar inflamado, e nem sempre a causa é viral. Certas drogas ou medicações tóxicas , doenças imunológicas podem causar hepatite. A causa mais comum de inflamação do fígado é a hepatite viral. Quando o processo inflamatório está presente por mais de seis meses é chamado de hepatite crônica.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Os sintomas produzidos pela hepatite viral podem variar dependendo se a hepatite é crônica ou aguda. Muitos casos de hepatite pede serr tão leves e inespecíficos passando por uma simples infecção viral como uma gripe.
A hepatite aguda causa menos danos ao fígado que a hepatite crônica.
Hepatite Aguda Hepatite Crônica
Fadiga intensa Fadiga
Olhos amarelados Dor nas articulações
Pele amarelada Vermelhões na pele
Urina escura Perda da memória
Febre baixa
Desconforto gastrointestinal
Nota: vários pacientes com hepatite aguda ou crônica podem ser assintomáticos. Os sintomas não são parâmetro para saber a evolução da doença.
Atualmente existem sete tipos de vírus conhecidos .São chamados de A, B, C, D, E, F e G.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE SABER QUAL O VÍRUS QUE OCASIONOU?

Há diferenças importantes entre os vírus. Por exemplo, a mais comum das hepatites virais é a causada pelo vírus A. O vírus produz uma inflamação aguda do fígado (hepatite) , nunca crônica, o paciente pode ficar doente por alguns dias ou semanas , mas uma vez que melhora, a infecção acaba e não há destruição progressiva do fígado. É raro acontecer uma infecção grave por hepatite A que possa acarretar a morte ou necessitar de um transplante de emergência.

Na hepatite B há uma melhora em 95% dos casos como na A. Em um número limitado de pacientes ela progride para a doença crônica. A exceção ocorre em crianças onde a grande maioria (90%) desenvolve hepatite crônica (quanto mais jovem maior a chance) . No Brasil com as campanhas de vacinação o índice de infecção em crianças caiu bastante porém os números ainda são grandes. Habitualmente se adquire hepatite na adolescência ou vida adulta.

A hepatite C ocorre geralmente na adolescência tardia e vida adulta. Diferente da hepatite B , a infecção consegue burlar o sistema imunológico ( de proteção do corpo contra bactérias e vírus) e sobrevive levando o processo a uma doença crônica . De fato, mais de 85% das pessoas infectadas pelo vírus C mantêm evidências laboratoriais e/ou clínicas de uma infecção presente.

O vírus da hepatite D tem um comportamento atípico. Ocorre somente em conjunto com a hepatite B e trabalha como um parasita . Pode transformar uma infecção de evolução atenuada pelo vírus B em uma doença de características agressivas e destrutivas sobre o fígado.

Os outros vírus E, F e G são mais raros .

COMO SE PEGA HEPATITE?

Existem importantes diferenças entre a maneira de se pegar cada tipo de hepatite. São estas diferenças que mostram como podemos previnir que a doença se espalhe.

A hepatite A é mais freqüente na infância. É transmitida de pessoa para pessoa. O vírus está nas fezes , portanto a higiene após o uso do banheiro é imprescindível. Também pode se transmitir através dos alimentos. Por estes motivos é fácil de entender como os berçários e creches são mais vulneráveis a este vírus.

A hepatite B pode se disseminar de várias maneiras, mas dificilmente será através de alimento contaminado. O foco primário de infecção é através de transfusão sangüínea ou contato com secreções do corpo. Quase todas as secreções humanas tem o vírus da hepatite. O uso de drogas injetáveis com a mesma seringa, tatuagens ou piercings sem material esterelizado também pode ser uma via de transmissão. Transmissão sexual também é possível . Mães infectadas com o vírus B transmitem para os seus bebes. Toda mulher grávida ou com desejo de engravidar deve fazer os testes para hepatite B.

A transmissão da hepatite C é semelhante a hepatite B . A tansmissão sexual é mais rara e a infecção de bebes pelas suas mães ocorre em uma porcentagem bem menor (5%).

O QUE PODE SER FEITO PARA PREVENIR A HEPATITE?

Na hepatite A , a regra é higiene . Boas condições sanitárias em restaurantes, berçários, creches e escolas devem ser obedecidas. Além disso a imunização pode ser feita. Uma vacina efetiva foi introduzida no mercado em 1995. É recomendada principalmente para pessoas que viajam para áreas endêmicas, onde a Hepatite A é um problema. Breve se tornará uma vacina rotineira para as crianças.

Se você entrou em contato com uma pessoa com hepatite A , a primeira coisa a fazer é não entrar em pânico. Este conselho é particularmente difícil de seguir, principalmente se o seu filho foi quem esteve exposto. A chance de contaminação de crianças na fase escolar apenas por estarem na mesma sala de aula é remota. Nestes casos se for feita a imunização imediata, os riscos de desenvolver a doença diminuem bastante. O que é importante saber é que assim que a pessoa desenvolve a doença com seus sintomas , o vírus desaparece das fezes, desta forma diminuindo o risco de contaminação. De qualquer forma o hábito de separar os talheres de pessoas infectadas deve ser preservado. A imunização só é necessária para as pessoas que moram junto com a pessoa doente. Colegas de trabalho ou escola estão dispensados da imunização.

A hepatite B é totalmente controlável. Através de cuidados no pré-natal , imunização de todas as crianças em idade escolar e de indivíduos com vida sexual ativa que tem múltiplos parceiros(as) ou com parceiro já contaminado pelo vírus.

No caso da Hepatite C as coisas são mais complicadas. Não existe vacinas e não há previsão de tempo até que se descubra uma. A contaminação ainda deve ser evitada através da prevenção: evitando uso de seringas em conjunto ou contaminadas, tatuagens e piercings em locais onde não há esterilização do equipamento. E finalmente uso de camisinhas para que têm vida sexual ativa com múltiplos parceiros.

COMO É TRATADA A HEPATITE?

O tratamento da hepatite viral depende da evolução clínica da doença de do tipo de vírus; depende também se é aguda ou crônica. Para infecção aguda da hepatite A, B ou C , são utilizadas medicações sintomáticas que possam trazer conforto para o paciente. A hepatite A na grande maioria dos casos vai melhorar. É preciso fazer seguimento nos casos de hepatite C e B, através de exames laboratoriais, pois os sintomas não servem como parâmetros para a doença.

Para hepatite B e C crônica não existe a cura. Porém com o uso de certas medicações anti-virais é possível freiar o processo de destruição do fígado.

O QUE PODE ACONTECER A LONGO PRAZO?

Um número considerável de pacientes com hepatite crônica tipo B ou C sem tratamento podem Ter uma vida normal sem complicações. Nos casos em que a doença está presente há mais de 20 anos , podem aparecer sinais de que o fígado está funcionando mal (cirrose) e em casos mais extremos é necessário o transplante hepático. Na cirrose o fígado fica com a sua estrutura irregular devido ao processo de cicatrização constante. Como conseqüência da cirrose o paciente apresenta varizes de esôfago, um aumento do baço e ascite (barriga d'água).

Tumores do fígado conhecidos como hepatomas podem aparecer em pacientes com hepatite crônica B ou C. Nos EUA 70% dos hepatomas aparecem em pessoas com hepatite crônica B ou C. No Brasil não existem números precisos a respeito.

Clínicos e especialistas da saúde pública internacional consideram a Hepatite C uma questão prioritária.

O vírus da hepatite C (HCV) foi isolado pela primeira vez em 1989. Até então, qualquer hepatite viral não identificada como causada por vírus A e B era denominada "hepatite Não-A, Não-B".

Só a partir de novembro de1993 passou-se a pesquisar no Brasil, a presença do vírus em doadores de sangue. Até então, muitas pessoas que haviam recebido transfusão de sangue, adquiriram o HCV e são hoje portadoras de hepatite crônica viral. Muitas delas não apresentam sintomas e só descobrem a infecção ao doar sangue.

Atualmente, com testes diagnósticos desenvolvidos e refinados, um número significativo de infectados vêm sendo identificados. Estima-se que 3% da população brasileira, aproximadamente cinco milhões de pessoas, sejam portadoras da hepatite C.

Quais os sintomas da hepatite C?

A infecção pela hepatite C progride lentamente e os sintomas freqüentemante não são reconhecidos. Pode começar semelhante a um quadro gripal leve. Raramente causa icterícia (amarelão).

É mínima a tendência para a cura espontânea da hepatite C e, embora a maioria dos pacientes apresente sintomas difíceis de reconhecer por vários anos, o risco de desenvolver cirrose e câncer hepático é significativo.

Na maioria das vezes, evolui para hepatite crônica ativa e pode estar associada a sintomas como fadiga, náuseas, dores articulares e musculares, pernas pesadas e cansadas e desconforto abdominal. Cerca de 20% - 40% apresentarão cirrose.

Quais são os grupos de risco para Hepatite C?

A hepatite C é altamente infecciosa, atingindo vários grupos de risco, muitos dos quais desconhecem terem sido expostos ao HCV.

É adquirida através do contato com sangue e outros fluídos corporais contaminados pelo vírus. O sangue contaminado é o meio transmissível mais comum, tanto por transfusões como pela administração de produtos sangüíneos como os utilizados na hemofilia e na diálise. Entre 60% e 90% dos hemofílicos estão infectados e mais de 80% dos usuários de dorgas intravenosas no mundo ocidental são HCV+.

São grupos de risco para hepatite C:

• Pacientes que tenham recebido transfusão de sangue ou derivados

• Pacientes submetidos a procedimentos invasivos (cirurgias)

• Usuários de drogas

• Homens entre 30-49 anos

• Filhos de portadoras do vírus C

• Parceiros sexuais de pacientes do grupo de risco

• Promíscuos

• Profissionais da área de saúde

• Pacientes que já tenham tido doença sexualmente transmissível

Apesar de já se conhecer os principais meios de transmissão, um grupo significativo de pessoas com HCV, em torno de 40%, desconhecem como a doença foi contraída.

Como saber se tenho o vírus da Hepatite C?

Caso você faça parte do grupo de risco para a infecção pelo vírus C ou tenha os sintomas da hepatite crônica, porcure seu médico ou um hepatologista que solicitará exames de sangue para detectar a presença do vírus.

Existe tratamento para Hepatite C?

Muitos estudos têm sido realizados em todo mundo com o objetivo de curar a hepatite C.

Atualmente o tratamento é realizado com dois medicamentos que são o interferon e a ribavirina, em associação. A cura só é obtida em aproximadamente 48% dos casos e a duração do tratamento varia de 6 meses a um ano, dependendo do genótipo do vírus.





Danise Petrônio Feijó
Academica de Fisioterapia

3º semestres
Faculdede Leão Sampaio