O que é? 
É a doença articular mais freqüente e a cartilagem é o tecido  inicialmente alterado. A cartilagem está aderida à superfície dos ossos que se  articulam entre si. É formada por um tecido rico em proteínas, fibras colágenas  e células. 
Como se desenvolve?  
A Osteoartrite (OA) tem início quando alguns constituintes  protéicos modificam-se e outros diminuem em número ou tamanho. Há tentativa de  reparação através da proliferação das células da cartilagem mas o resultado  final do balanço entre destruição e regeneração é uma cartilagem que perde sua  superfície lisa que permite adequado deslizamento das superfícies ósseas.  
Este processo acompanha-se de liberação de enzimas que  normalmente estão dentro das células cartilaginosas. A ação destas enzimas  provoca reação inflamatória local a qual amplifica a lesão tecidual. Aparecem  erosões na superfície articular da cartilagem que fica como se estivesse cheia  de pequenas crateras. A progressão da doença leva ao comprometimento do osso  adjacente o qual fica com fissuras e cistos.  
Ao mesmo tempo, aparentemente como uma tentativa de aumentar  a superfície de contato e procurando maior estabilidade, o osso prolifera. Mas  não é um osso normal, sendo mais rígido e mais suscetível a microfraturas que  ocorrem principalmente em articulações que suportam peso.  
Aparentemente devido à reação inflamatória local todos os  elementos da articulação sofrem hipertrofia: cápsula, tendões, músculos e  ligamentos. As articulações sofrem aumento de volume e podem estar com calor  local. 
O grau de comprometimento é bastante variado. A doença pode  evoluir até a destruição da articulação ou estacionar a qualquer momento. Há  indivíduos que têm deformidades nos dedos e que nunca sentiram dor e outros que  terão dor e progressiva piora da doença com conseqüentes deformidade e  diminuição da função articular.  
Não se conhece o gatilho inicial da Osteoartrite. Acredita-se  que mecanismos diferentes levem às mesmas alterações na função e composição das  estruturas articulares. 
Manifestações clínicas 
O que se sente? 
Antes da dor, os pacientes com OA podem reclamar de  desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente,  aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No  início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações  comprometidas.  
Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de  inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo em Osteoartrite de quadrís  ou joelhos, há dor no início do movimento que permanece alguns minutos.  
São exemplos a dor discreta com rigidez que dura alguns  minutos nos dedos pela manhã e nos joelhos também de manhã ou após algum tempo  sentado. Nos pacientes que têm piora progressiva a dor fica mais forte e  duradoura e as deformidades acentuam-se.  
Na Osteoartrite de quadrís e joelhos, subir e descer escadas  fica mais difícil assim como caminhadas mais longas.  
A inflamação pode produzir aumento do líquido  intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais  limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do  derrame.  
Acredita-se que só o fato de uma articulação estar  comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas  certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores  coadjuvantes importantes. Em casos extremos, os pacientes necessitam fazer uso  de bengalas ou muletas. Raramente um paciente com Osteoartrite de quadris ou  joelhos vai para cadeira-de-rodas. 
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Esta forma de tratamento tem um importante papel em todas as fases da doença. Calor local alivia o espasmo muscular e reduz a rigidez. Exercícios passivos ajudam a prevenir ou minimizar a perda de função. Exercícios isométricos aumentam a força muscular e contribuem para a manutenção da estabilidade articular. Durante a fase ativa da doença exercícios repetitivos não devem ser realizados, enquanto que a imobilização por curtos períodos é útil para reduzir a dor e possível inflamação. O uso de talas noturnas é importante para prevenir contraturas em flexão, especialmente dos joelhos e punhos. Avaliação e orientação da rotina em casa e no trabalho e o uso de adaptadores certamente aumenta a habilidade do paciente em manter atividade.
Acadêmica:Andrezza |Duarte de Andrade
|Fisioterapia 3
Faculdade Leão Sampaio 

Nenhum comentário:
Postar um comentário